Drogas e álcool normalmente são experimentados pela primeira vez ainda na adolescência. Estima-se que cerca de 70% dos jovens experimentaram álcool pela primeira vez ainda antes de terminarem o ensino médio; 50% já tiveram contato com drogas, 40% já fumaram cigarros e cerca de 20% já se utilizaram de medicamentos controlados para fins não medicinais. Nesta idade, é comum encontrarmos algum tipo de comportamento de risco que os jovens possam assumir, mas é necessário ficar de olho, já que o abuso dessas substâncias em uma idade em que o cérebro ainda não está completamente desenvolvido pode levar à dependência, daí a necessidade de se procurar uma clínica de recuperação para menores.
Adolescentes e jovens adultos possuem necessidades que demandam um tratamento diferenciado daquele dado aos adultos viciados. Além dos problemas que envolvem o vício em si e os sintomas da abstinência, esses jovens ainda vão necessitar de maiores cuidados voltados à educação, aos problemas psicológicos típicos da idade e que normalmente precedem o vício, maiores cuidados voltados à vida em família e assim por diante. Ainda, como a maioria deles é imatura demais para perceber os efeitos do vício, normalmente a intervenção da família se faz necessária.
CENTRAL DE ATENDIMENTO
tratamento para dependente químico ou alcoólatra
Na realidade, o modelo de tratamento para os jovens não difere muito daquele utilizado para os adultos. A diferença está na sensibilidade da equipe médica e técnica envolvida e em sua experiência para lidar com os problemas típicos dessa fase da vida. Normalmente os tipos de droga utilizados nessa faixa etária são diferentes daqueles utilizados pelos adultos, de forma que o programa já será diferente desde o início. Ainda, deve-se levar em consideração que o grau de desenvolvimento psíquico, o tipo de droga usada, os fatores de risco para o abuso de drogas, o gênero e doenças mentais como depressão e ansiedade, muito mais comuns nessa fase do que imaginamos, também devem ser levados em conta quando do desenvolvimento do tratamento.
A terapia cognitivo-comportamental é muito utilizada e muito bem recebida nesta fase. Entretanto, se o conselheiro ou o terapeuta forem especializados no trato com essa fase específica da vida, será mais fácil integrar o jovem no programa, trabalhando-se com a prevenção, por exemplo, de perseguições no grupo ou de uma admiração a ícones que conhecidamente têm problemas com drogas, e encorajando hábitos de vida saudáveis e a integração entre os participantes das sessões.
A participação da família também é de extrema importância nesta fase. Pesquisas mostram que os jovens tendem a cair no abuso de drogas cada vez que enfrentam alguma grande mudança em suas vidas, como a separação dos pais, a mudança de cidade ou a troca de escola, por exemplo. Ter a família unida e envolvida em todo esse processo ajuda o adolescente a encontrar um porto seguro e a se sentir acolhido durante toda a recuperação.
Uma boa notícia é que os jovens apresentam menos suscetibilidade aos sintomas do detox, e conseguem desenvolver ferramentas para lidar melhor com os desejos. Ainda, conseguem controlar melhor a quantidade de droga ingerida, ao contrário dos adultos. Há que se levar em consideração também que o abuso de drogas é um dos fatores de risco para suicídio entre adolescentes. Por isso, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhor.